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quinta-feira, 19 de abril de 2012

Um manejo de produção do abacaxi que será adotado por várias regiões brasileiras


O modelo de cultivo do abacaxi, desenvolvido e praticado na região do estado do Acre, está sendo transferido para outros estados. É o sistema de produção integrada de abacaxi que tem como fundamentos as boas práticas agrícolas, a redução dos impactos ambientais e a promoção do bem-estar social dos empregados. A Produção Integrada (PI) de Abacaxi começou no estado de Tocantins, em 2004, sob a coordenação da Embrapa Mandioca e Fruticultura. O pesquisador Aristóteles Pires de Matos fala sobre os resultados: “A  produção integrada de abacaxi é um sistema que visa a sustentabilidade, ou seja, a proteção ambiental; a produção de frutos sadios, limpos, com resíduos de agrotóxicos dentro ou abaixo dos limites exigidos, se não forem totalmente limpos; e com a preocupação social com o trabalhador”, destaca Matos durante sua participação no programa.
A racionalização do uso de fertilizantes e de agrotóxicos é uma das grandes vantagens do sistema, que tem no manejo de pragas um elemento muito importante. Depois da análise do solo e da correta adubação, os produtores que aderiram ao sistema no estado de Tocantins tiveram redução de 28% na quantidade de nitrato/uréia, 25% na quantidade de superfosfato simples e de 43% na de cloreto de potássio. Quanto aos agrotóxicos, houve redução de 50% no uso de herbicidas, 37% no uso de inseticida e 20% no uso de fungicidas.
“É uma redução bastante significativa. Além disso, o uso de herbicidas hoje, neste sistema, é somente em pós-emergência, enquanto que no cultivo convencional usa-se também em pré-emergência, o que não é permitido na produção integrada”, afirma o pesquisador.

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