Tem havido muita cobertura da imprensa sobre a seca no sul do Brasil e seu impacto sobre a soja e milho na região, mas o que passou despercebido, basicamente, é uma seca ainda mais grave no Nordeste. O Nordeste é uma região semi-árida, que freqüentemente é afetada pela seca, mas este período de crescimento tem sido ainda mais seco do que normal. Muitas regiões passaram quase um ano sem chuva e há chances de chover ainda menos menos daqui para frente.
Partes da região estão no meio da pior seca em 30 a 50 anos. Os rios menores estão secos, os poços estão secos, as cisternas estão secas, e os reservatórios locais estão com 10% da sua capacidade. As autoridades locais foram obrigadas a transportar água para as áreas rurais, a fim de manter as pessoas e animais vivos.
Agricultores da região são principalmente os de subsistência, e criam gado, cabras, milho, feijão e mandioca. Infelizmente, eles não têm sido capazes de plantar qualquer um deles este ano e muitos estão contando com cestas básicas mensais do governo. As gramíneas morreram e os animais estão sendo mantido vivo através de sisal. Em um município onde os rebanhos leiteiros, normalmente, produzem 60.000 litros de leite por dia, a produção caiu para apenas 10.000 litros por dia.
As autoridades locais culpam esta condição sombria pela retirada da vegetação de caatinga (nativa) para pastagens. Eles acham que a falta de vegetação resultou em menos chuvas e eles estão pedindo ao governo para iniciar um programa de reflorestamento com espécies nativas.
Muitos moradores das áreas rurais foram obrigadas a fugir da região ou enviaram seus filhos para viver com parentes fora da área seca ou até mesmo fora do estado. Se a pluviosidade não se materializar em breve, a situação irá piorar rapidamente.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Só serão publicado comentários, com identificação não perca seu precioso tempo de comentar sem se identificar!!