A prisão do ex-diretor da cadeia pública e ex-vereador da cidade de Sumé, no Cariri paraibano, na tarde da última quarta-feira, levou a polícia a descobrir uma série de acusações contra Alberto Vilar. Conhecido como ‘Limonta’, ele é acusado de revender na feira a alimentação destinada aos detentos, além de coagir ou favorecer determinados presos e exigir pagamento de R$ 1 mil por progressão de regime.
Apontado como braço direito do ex-diretor, Antônio Jailson, vulgo ‘Beto Barbosa’, também foi preso na operação ‘Camuflagem’. Ele estaria cumprindo irregularmente sua pena em regime aberto. Na sua casa, foram apreendidos vários alimentos pertencentes à cadeia pública de Sumé.
O ex-diretor foi preso em um ônibus estudantil, quando tentava fugir para Campina Grande. Já o presidiário foi detido em sua residência, ambos por através de mandados de prisão preventiva expedidos pela comarca de São João do Cariri.
De acordo com o delegado regional Danillo Orengo Borba, a investigação pretende indiciar ‘Limonta’ pelos crimes de peculato, quando desviava os alimentos disponibilizados que iriam para a cadeia pública e os vendia na feira de Sumé, tais como charque, arroz, ovos e óleo; além do crime de corrupção passiva, quando o ex-diretor recebia vantagens indevidas para proporcionar regalias a alguns presos; e de abuso de autoridade, quando o diretor constrangia os detentos, impedindo-os de se comunicar com seus familiares. O presidiário ‘Beto Barbosa’ deverá ser indiciado pelo furto dos alimentos. O delegado Rodrigo Monteiro, designado para apurar as denúncias, informou que as testemunhas e declarantes confirmaram todas as acusações. Uma sindicância interna foi aberta pela Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap), para apurar os desvios de conduta do ex-diretor. Os dois acusados estão detidos aguardando as decisões do Poder Judiciário.
Com JP
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