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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

O agricultor pode ganhar mais plantando pimenta


A pimentas são atualmente a segunda hortaliça mais exportada no Brasil, atrás apenas do melão, contribuindo com 13,5% do valor total das nossas exportações de hortaliças. O cultivo de pimentas é um negócio que cresce de importância e envolve diversos segmentos, desde pequenos produtores até multinacionais.
Para o pesquisador da Embrapa Hortaliças, de Brasília, Francisco Reifschneider, o mercado de pimentas no Brasil, além de trazer algumas informações sobre três das mais recentes variedades dessa hortaliça lançadas pela Embrapa: a pimenta BRS Mari, uma cultivar do dedo-de-moça, a BRS Moema, uma pimenta do tipo biquinho, e a BRS Seriema, do tipo bode.
Esses materiais, com melhores características agronômicas, foram desenvolvidos para atender um mercado em expansão e cada vez mais exigente. A pimenta BRS Mari tem como principal característica o elevado conteúdo de capsaicina – a substância que confere o ardor nas pimentas –, em comparação a outras cultivares de pimenta do mesmo tipo. A cultivar Mari também se destaca pela alta produtividade, excelente uniformidade de planta e qualidade de fruto. A nova cultivar de pimenta dedo-de-moça pode ser utilizada na produção de conservas e de pimenta calabresa, que é a pimenta seca em flocos.
A BRS Moema também tem como características marcantes a alta produtividade, uniformidade de plantas e frutos. O diferencial dessa cultivar do tipo biquinho é a ausência de picância ou pungência. Já a BRS Seriema é uma variedade pertencente ao grupo varietal popularmente conhecido como "bode", e é indicada para processamento em forma de conservas e para consumo in natura, uma vez que seus frutos são aromáticos, pequenos e saborosos.
Segundo Francisco Reifschneider, os produtores de pimenta devem comprar sementes em companhias credenciadas, o que garante a qualidade e a sanidade do material adquirido. “É muito comum, ainda, no Brasil, que o produtor utilize sua própria semente, o que não é recomendado”, destaca. “É uma prática que não vale a pena porque algumas doenças são transmitidas por semente, passando da planta para a semente e dessa para a planta nova”, detalha.
Com Nordeste Rural

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