Embora, se tenha a certeza de que a seca no Sertão do Semiárido brasileiro é severa, esta região é considerada como um dos semiáridos mais úmidos do planeta, uma vez que é delimitada pela isoieta de 800 mm, em média, podendo ocorrer anos de precipitação acima de 1000 mm o que significa um volume de água considerável para uma região onde há deficiência e irregularidade na distribuição de chuvas que provocam secas periódicas. Nos 600.000 km² de terrenos cristalinos do Nordeste semiárido, as médias pluviométricas variam entre 400 e 800 mm anuais, enquanto que as taxas de evaporação em "tanques Classe A" variam entre 1000 e 3000 mm/ano. Assim, o fator determinante da falta de água no Nordeste não é a ocorrência de pouca chuva, más a grande evaporação que assola a região. O escoamento superficial tem origem, fundamentalmente, nas precipitações. Ao chegar ao solo, parte da água se infiltra, parte é retirada pelas depressões do terreno e parte se escoa pela superfície. Inicialmente a água se infiltra; tão logo a intensidade da chuva exceda a capacidade de infiltração do terreno, a água é coletada pelas pequenas depressões. Quando o nível à montante se eleva e superpõe o obstáculo (ou o destrói), o fluxo se inicia, seguindo as linhas de maior declive, formando sucessivamente as enxurradas que chegam aos córregos, ribeirões, rios e reservatórios de acumulação e finalmente ao oceano.
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