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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Déficit de moradia na PB passa de 200 mil


O déficit de habitação da Paraíba é de mais de 104 moradias, de acordo com levantamento feito pelo Ministério das Cidades.
Entretanto, a coordenação da União Nacional Por Moradia Popular no Estado estima que esse número é bem maior, podendo passar de 200 mil.
Isso porque o Movimento contabiliza também as habitações precárias que correspondem aos domicílios improvisados e rústicos e a coabitação familiar, ou seja, quando o imóvel é dividido em cômodos para abrigar mais de uma família.
No levantamento do Ministério são contadas apenas famílias de baixa renda que pagam aluguel e as que moram na rua.
CONQUISTAS
A União Por Moradia Popular na Paraíba vem conseguindo algumas conquistas desde 2004, quando foi formalizada no Estado.
Entre elas, conseguir moradia própria para as primeiras famílias que ocuparam o antigo prédio do INSS, no Centro de João Pessoa.
De acordo com o coordenador da União, Alberto Freire da Silva, as ocupações só acontecem quando não há diálogo com o poder público. Ele disse também que, atualmente, o movimento tem um acesso fácil à Prefeitura de João Pessoa.
“Estamos empenhados em apresentar projetos factíveis e parcerias com os poderes públicos na perspectiva de construir moradia digna para os que se encontram na faixa de zero a três salários mínimos, pois é nessa faixa que se concentra o maior número de famílias do déficit habitacional paraibano”, explicou.
Marconeide Barbosa, coordenador do Movimento Moradia Para Todos, disse que em relação ao prédio do INSS, adquirido pelo Ministério das Cidades para ser transformado em apartamentos populares, acredita que o custo da operação – entre compra do prédio e reforma – é muito alto para beneficiar em torno de 48 famílias.
“Serão gastos, no total, mais de R$ 20 milhões e com esse recurso seria possível atender um número muito maior de famílias”, informou Barbosa.
Ele informou, ainda, que a Prefeitura chegou a fazer uma proposta informal de ficar com o prédio para transformá-lo no centro administrativo, e construir unidades habitacionais em outros bairros da Capital.
“A proposta não avançou porque a ocupação do prédio faz parte de um projeto maior do Ministério das Cidades, que é a ocupação dos centros das cidades, que ficam desertos depois das 18 horas”, explicou.

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