Entre as plantas da caatinga, a favela (Cnidoscolus phyllacanthus(Muell. Arg.) Pax. Et K. Hoffman) é uma das forrageira que se destaca na alimentação dos animais nativos e domésticos, como os caprinos. Essa planta ocorre do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe até a Bahia. Embora suas folhas sejam urticantes, quando novas e maduras ao chão são bastante consumidas pelos animais. Informações sobre a composição bromatológica, digestibilidade e valor nutritivo da faveleira, são escassas, contudo alguns autores têm encontrado os seguintes valores de composição química: 24,8% de matéria seca, 17,3% de proteína bruta, 2,5% de extrato etéreo, 28,5% de fibra detergente neutro, 23,6% de fibra detergente ácido e 5,1% de lignina. A faveleira pertencente à família das Euforbiáceas, é uma árvore tipicamente xerófita, de pequeno porte, atingindo até 4,0 m de altura, irregularmente esgalhada, lactescente e armada de espinhos sendo uma das primeiras a perder as folhas no final do período chuvoso, permanecendo a maior parte do ano sem folhas; em geral, a freqüência desta espécie, é baixa, contudo, pode formar concentrações em pontos determinados quando as condições locais são adequadas; floresce durante um longo período do ano produzindo de maneira contínua, pequena quantidade de sementes; suas folhas são longas, grossas, lanceoladas, recortadas, com pequenos acúleos no limbo e espinhos urticantes nas nervuras. As flores são diclinas, alvas e em pequenos cachos axilares e terminais. Os frutos são cápsulas arredondadas, deiscentes, de 1,5 a 2,0 cm de diâmetro, recobertos de pelos urticantes. A espécie se propaga facilmente por via sexuada e assexuada. O florescimento e a frutificação ocorrem entre os meses de janeiro e março. Na fotografia podemos ver um caprino consumindo os brotos da faveleira. F.F
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