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sábado, 4 de dezembro de 2010

Setor agropecuário quer elevar a participação no PIB da Paraíba

Os representantes do setor agropecuário da Paraíba defenderam, ontem, uma política agrícola mais “comprometida e ativa” do próximo Governo do Estado para elevar a participação no PIB (Produto Interno Bruto) e “recuperar o setor primário da situação atual”. 
Atualmente, o setor agropecuário participa apenas com 6,1% do PIB no Estado e, segundo as entidades, enfrenta dificuldades com a ausência de uma política agrícola direcionada ao semiárido, que concentra 80% do território do Estado, possui baixa área de irrigação, reduzida infra-estrutura e baixa qualificação profissional. Ao mesmo tempo, o setor apresenta potencial em segmentos como apicultura e caprinocultura leiteira, fruticultura irrigada e o sucroalcooleiro, além de deter o maior número de trabalhadores do Estado, quando comparado às demais atividades. 
“Devemos esquecer o passado do Estado e agora pensar o futuro da Paraíba, levando em consideração o setor primário, por isso convidamos o governador eleito Ricardo Coutinho para receber o documento ‘O que queremos do próximo governador?’, que traz uma avaliação do setor, cita os principais problemas, mas aponta propostas viáveis para soergue e expandir o setor agropecuário no Estado”, declarou o  presidente da Faepa (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Paraíba), Mário Borba, que recebeu ontem à tarde ao lado dos diversos dirigentes do setor agrícola, na sede da entidade, o governador eleito Ricardo Coutinho, que recebeu o documento produzido pelas entidades.
Para o presidente da Fiep, ”o setor primário da Paraíba fica muito a desejar quando se refere aos números dos agronegócios para exportação. Para se ter uma ideia do nosso atraso, no Rio Grande do Norte, por exemplo, dos 15 produtos mais exportados, dez deles são do agronegócios, enquanto a Paraíba possui apenas três. No valor bruto das exportações, a agropecuária potiguar participa com 56% do total, enquanto a Paraíba detém apenas 6% do valor bruto, o que revela nossa timidez e ao mesmo tempo desafio”, revelou Borba, que “renovou esperanças do setor” para o novo governo, que começa no dia 1º de janeiro.
O governador eleito da Paraíba, Ricardo Coutinho, reafirmou que “irá desenvolver a agroecologia e revitalizar a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural da Paraíba (Emater-PB) e o Instituto de Terras e Planejamento Agrícola do Estado (Interpa-PB)”. Segundo Ricardo, a agroecologia consiste em uma proposta alternativa de agricultura familiar socialmente justa, economicamente viável e ecologicamente sustentável.

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