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quarta-feira, 19 de maio de 2010

Cérebro de viciado em jogo recusa derrota

Centros de dopamina são mais ativos neles do que em quem aposta socialmente


Uma pesquisa da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, revelou que o cérebro de pessoas viciadas em apostas reage de forma diferente na hora de encarar uma derrota. O estudo foi publicado na revista científica Journal of Neuroscience. Os pesquisadores descobriram que os centros de dopamina, regiões do cérebro envolvidas no processamento de recompensas, eram mais ativos em viciados em apostas do que naquelas pessoas que apostavam socialmente. Os cientistas analisaram os cérebros de 20 apostadores por meio de ressonância magnética funcional enquanto eles jogavam em uma máquina caça-níqueis. Durante o experimento, os participantes jogaram em uma máquina com duas rodas. Cada vez que apareciam dois ícones iguais, eles ganhavam 50 centavos. Quando surgiam duas figuras diferentes, eles perdiam. Mas quando o resultado ficava a um ícone de um par – antes ou depois, na sequência do movimento – o resultado era considerado um "perdeu por pouco”. Segundo os cientistas, os resultados da categoria "perdeu por pouco" (ou quase ganhou) ativaram os mesmos caminhos cerebrais das vitórias, mesmo que não houvesse recompensa. Os pesquisadores disseram que a reação ao resultado era muito mais forte entre os viciados em apostas. Esse mecanismo poderia explicar por que os eles continuam a apostar mesmo quando não param de perder.

Luke Clark, um dos autores do estudo, disse que “se os fluxos de dopamina estão direcionando o vício, isso poderá explicar por que os viciados em apostas têm dificuldade para parar de jogar

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