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sexta-feira, 23 de abril de 2010
Casos de pedofilia não afastam fiéis, afirma dom Jaime
Nos últimos dias, alguns padres da Igreja Católica estão sendo alvos constantes de denúncias envolvendo casos de pedofilia. Para o bispo diocesano de Campina Grande, dom Jaime Vieira Rocha, trata-se de casos graves e por isso a “Igreja está ferida”. No entanto, o religioso ressalta que apesar do momento difícil, “o sofrimento é algo que é necessário, pois é convivendo com ele que se pode crescer, superar e se fortalecer”, frisou. Na sua avaliação, esse processo de perseguição e de execração pública da Igreja através da mídia é algo natural e determinante para que o Catolicismo se posicione mais claramente e faça uma autoavaliação acerca de suas ações. “Trata-se de um momento de purificação e de retomada”, disse.
A respeito da participação de crianças em grupos como o de coroinhas e de movimentos como a catequese, dom Jaime avalia que, pelo menos nesse primeiro momento, não é possível sentir nenhuma diferença com relação a presença delas. “Os pais continuam incentivando seus filhos a participarem da Igreja. Mas isso só vai ficar mais claro posteriormente, quando avaliarmos se houve ou não consequências”, acredita.
Segundo o bispo, nesse momento em que a Igreja padece, a Semana Santa deste ano revelou justamente o contrário. “Foi surpreendente o número de fiéis participando das celebrações e reafirmando sua fé, através do Catolicismo. Isso só comprova a força da fé do nosso povo”, avalia.
Dom Jaime que fez um comunicado à Pastoral da Comunicação para que propague o posicionamento da Igreja frente ao atual momento que atravessa, através de um artigo escrito pelo Cardeal do brasileiro Odilo Pedro Scherer. No artigo o cardeal reafirma que o celibato nada tem a ver com o que está acontecendo e faz a seguinte reflexão: “Ficaria bem jogar nos braços da mulher um homem com taras desenfreadas, que também para os casados fazem desonra?”.
Nesse mesmo artigo, dom Odilo Scherer fala ainda que as pessoas devem ter, por princípios, comportamentos dignos e respeitosos em relação a sexualidade e critica “o vale tudo e o ‘libera geral’, aceitando e até recomendando como ‘normais’ comportamentos aberrantes e inomináveis, como esses que agora se condenam”.
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