Os cancãos, em magotes silenciosos, voam de pau em pau, vistoriando as moitas, os entrecortados de galhas, com atenção dobrada, na busca de encontro de cobras, a quem tomaram como inimigos mortais. E no encontro de uma cobra, o inferno. Põem-se a chamar os outros, e mais outros e aquela latomia desesperadora. Eles arrodeando a cobra pelos lados, por cima, e ela dando seus botes no ar. Mas eles, no muito que se juntam, não cansam de seu agoniar. A cobra, bote por cima de bote, vai nesse seguir até se cansar de tanto aperreio e entra em se torcer até morrer. Os cancãos na festa da Caatinga.
Cancãos entre galhas |
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