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quinta-feira, 11 de março de 2010

Arcebispo diz que igreja deve ser subversiva e critica padre de hoje

Aproximadamente 200 padres das dioceses de Patos, Campina Grande, Cajazeiras, Guarabira e da arquidiocese da Paraíba estiveram reunidos ontem, no Convento Ipuarana, em Lagoa Seca, no Brejo paraibano, para discutir e avaliar o seu papel de evangelização frente às novas tendências ocasionadas pela modernidade. O evento está na programação do Ano Sacerdotal, proclamado ano passado pelo papa Bento XVI, que tem como tema “Fidelidade de Cristo, fidelidade do sacerdote” e culminará no dia 19 de junho de 2010 com a realização do ‘Encontro Mundial Sacerdotal’, no Vaticano.
O arcebispo emérito da Paraíba, dom José Maria Pires foi quem coordenou as discussões. Segundo ele, a Igreja precisa ser ousada. “Prefiro que a nossa Igreja seja subversiva e agitadora, seguindo o evangelho, do que o ópio do povo”, frisou. Ele também refletiu sobre o padre de ‘ontem’ e o da atualidade. “O padre de antigamente era o padre do altar. Todas as pessoas sabiam diferenciá-los das demais pessoas. Hoje o padre é alguém cada vez mais próximo da comunidade e insere-se no seio do povo e acaba confundindo-se com qualquer outra pessoa comum”, avalia. 
Para Maria Pires isso leva necessariamente a mudança na sua forma de agir. “O padre já não pode ser mais o religioso e o teólogo apenas. Tudo que interessa ao bem do homem deve também interessar a eles. O pensamento que afirma ‘a César o que é de César’ não pode ser justificativa para que o sacerdote deixe de penetrar em áreas de interesse da comunidade”, assevera.
O bisco de Campina Grande, dom Jaime Vieira considera importante as discussões. Sem falar de assuntos considerados ‘tabus’ como o celibato, que necessariamente passam pelas discussões do papel do padre na atualidade, ele admitiu que é cada vez mais difícil ser padre na atualidade. Sobre o número  cada vez mais limitado de jovens que se interessam em seguir a vida sacerdotal, dom Jaime afirma “que não é fácil para o jovem de hoje, influenciado por esse mundo de prazer e cada vez mais consumista tomar esse tipo de decisão”, frisou.

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